terça-feira, 22 de julho de 2008

VISITA REAL AO ESTADO DE MINAS GERAIS - BRASIL
Entrega de medalhas marca Dia de Minas em Mariana
No dia 16 de Julho de 2008, o Governador Aécio Neves participou, às 11h, na cerimónia oficial do Dia do Estado de Minas Gerais. Neste dia, a capital de Minas Gerais foi transferida para Mariana, primeira cidade e primeira capital mineira. Durante o evento, que acontece na Praça Minas Gerais, realizou-se a entrega da Medalha do Dia de Minas Gerais. Neste ano, a comenda foi entregue a 47 personalidades e instituições e entre os agraciados deste ano estava S.A.R., O Senhor Dom Duarte, Duque de Bragança. Durante a solenidade, O Duque de Bragança ofereceu ao Município de Mariana um quadro de Dona Maria Ana Josefa de Áustria, Mulher de Dom João V, e cujo nome deu origem ao nome da cidade. A obra é do século XIX. A
solenidade de comemoração do Dia de Minas começou com a sinerata, quando os sinos das Igrejas de Mariana tocaram por 15 minutos em comemoração ao Dia de Minas Gerais. Em seguida, o Governador passou revista à tropa da Polícia Militar e cumprimentou as autoridades que o aguardavam na Praça Minas Gerais. Além do presidente do Congresso Nacional, estavam presentes o Prefeito de Mariana, Celso Cota Neto, O Duque de Bragança, Dom Duarte, e os Secretários de Fazenda, Simão Cirineu, de Defesa Social, Maurício Campos Júnior, do Desenvolvimento Regional e Política Urbana, Dilzon Melo, da Cultura, Eleonora Santa Rosa e da Juventude e Desporto, Gustavo Côrrea. Logo após os cumprimentos, o governador assinou o acto de transferência simbólica da capital do Estado para a cidade de Mariana, que no dia 16, completou 312 anos. A Medalha Comemorativa do Dia do Estado de Minas Gerais foi instituída por Decreto Municipal, em 1980.

Condecoração de S.A.R., Dom Duarte de Bragança pelo Governador

SS.AA.RR., Os Duques de Bragança e Dom Afonso, na tribuna de honra, ouvindo o discurso do Senador.

Discurso do Governador: (...) Devo ao final, um agradecimento especial em nome de todos os mineiros das várias Minas, a Sua Alteza Real Dom Duarte de Bragança e a toda a sua família. Costumo dizer, Dom Duarte, que triste é aquele povo que não conhece a sua história porque ele, certamente, terá maiores dificuldades para construir o seu futuro. Sua Alteza, hoje, com extrema generosidade, em nome da Casa Real Portuguesa, nos entrega um retrato de Dona Maria Ana D’Austria. Quero dizer, neste instante, Sua Alteza Real, nos permite um reencontro com a nossa própria história. Não são apenas os mineiros de Mariana que levam o seu nome. São os mineiros de todas essas Minas Gerais, que se sentem hoje mais valorizados e, certamente, mais fiéis à belíssima construção que assistimos neste país para a contribuição dos portugueses.

O Duque de Bragança, Dom Duarte, acompanhado da Duquesa Dona Isabel de Herédia e dos Filhos, Dom Afonso de Santa Maria, Príncipe da Beira, Infante Dom Dinis de Bragança e Infanta Dona Maria Francisca de Bragança, entregou à cidade de Mariana um quadro com o rosto de Dona Maria Ana D´Austria, esposa de Dom João V, e cujo nome deu origem à cidade. A obra de arte, do século XIX, incorpora-se ao Património Histórico de Mariana.

O quadro foi transferido para o Rio de Janeiro através de um navio e posteriormente levado a Mariana. Em 1998, durante a visita à cidade, Dom Duarte de Bragança havia assumido o compromisso de doar o quadro.

Mariana. Em 16 de julho de 1696, bandeirantes paulistas encontraram ouro no ribeirão Nossa Senhora do Carmo. Às suas margens, nasceu o arraial de Nossa Senhora do Carmo, que logo se transformou em um dos principais fornecedores deste minério para Portugal e, pouco tempo depois, tornou-se a primeira vila criada na então Capitania de São Paulo e Minas de Ouro. Lá foi estabelecida também a primeira capital. Em 1745, por ordem do rei D. João V, a região foi elevada à cidade e nomeada Mariana – uma homenagem à rainha Maria Ana D’Austria, sua Mulher. Transformando-se no centro religioso do Estado, nesta mesma época a cidade passou a ser sede do primeiro bispado mineiro. Actualmente, Mariana guarda relíquias e casarios coloniais que contam parte da história do país. A cidade, integrante da Trilha dos Inconfidentes e do Circuito Estrada Real, foi tombada em 1945 como Monumento Nacional.
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